Um artigo da newsletter Open This!, da Finansystech
É comum nos depararmos com análises que giram em torno do ‘medo’ e ‘incompreensão’ do usuário com o Open Finance e da ausência de inovação nos cases apresentados ao mercado.
Ao final de julho, os dados do Dashboard do Cidadão, do portal do Open Finance Brasil, apontavam 37.7 milhões de consentimentos no ecossistema brasileiro, valores que sugerem bem mais que early-adopters ou usuários empolgados. Há uma massa relevante de pessoas experimentando o Open Finance.
A curva mensal de crescimento, desde fevereiro, é daquelas de se encher de orgulho: crescimento médio, mensal de 20%. De alguma forma, todos esses números me sugerem o contrário, que aos poucos estamos vencendo essas barreiras.
Para analisar o mercado, é sempre bom organizar uma matriz de duas dimensões. Em uma delas a prontidão. Ou seja: o quanto determinada tecnologia está em pleno funcionamento.
Por exemplo: As falhas da iniciação de pagamento, que ainda são relevantes, já foram maiores e por isso diminuem sua ‘prontidão’. Assim como acontecia com dados de PF e como ainda acontece com os dados de PJ.
De outro lado, organizo uma visão de demanda percebida, onde tento observar os movimentos do mercado pela adoção de determinados produtos.
Com essa matriz, consigo criar quatro quadrantes que me dão novas dimensões para analisar os movimentos do mercado Open. É possível a partir daí encontrar os Quick Wins, Bets, Pushes & Discovery.
As Quick WinsSão ações com retorno mais claro e com prontidão elevada. Alguns exemplos podem ser revisões de política de crédito, repescagem de clientes negados, listas de atuação comercial e até mesmo PFMs (dependendo do contexto)
Já as Bets As apostas são os itens para ‘aprendizado’. São iniciativas que começam pequenas em instituições e que definitivamente não são balas de prata, mas trazem aprendizado para as equipes. Exemplos: um gatilho específico de oferta personalizada, iniciação em um contexto específico, jornadas em outros canais
As ações de “Push” Essas ações são as que possuem elevada demanda, mas não temos prontidão para atendê-las, portanto, é importante ficar próximo das discussões regulatórias para estar um passo a frente quando tudo for possível. Exemplos: no-redirect, VRP, facilitação do open para PJs.
E as iniciativas de Discovery?Precisamos sempre olhar para o futuro. Não deixar de considerar os cenários onde os sistemas de dados se comunicam com outros além do financeiro, carteiras de dados, identidade digital, Drex… essas habilidades precisam ser construídas desde já.
Ficou curioso para saber mais sobre cada uma delas e ter exemplos concretos?
Essa é a primeira parte de uma série, lançada todas as sextas-ferias na newsletter Open This. Ao longo das próximas semanas te contaremos mais sobre o estado real do Open Finance, com exemplos sobre como você, que ajuda a criar esse ecossistema, pode tirar insights diferentes para sua organização.
Até semana que vem!