Já pensou em Open Investments?

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Para quem já pensou em conectar todos os investimentos em um único lugar, essa semana está indo muito bem. No dia 29 de setembro, depois de ser postergada por quase dois anos, a fase 4 do Open Finance – o “open investments” – entra em produção.

Open Investments: o que muda na prática

Veja a matéria do Infomoney

E agora? O que acontece?
A partir de agora os clientes de instituições participantes do Open Finance terão a possibilidade de escolher o escopo de dados ‘investimentos’ para o compartilhamento. Na prática, é uma alteração leve para o cliente, mas que pode trazer muitos benefícios, dependendo das instituições envolvidas.

“Compartilhe, você pode ganhar mais dinheiro”

Os dados compartilhados agora englobam o patrimônio mantido em outras instituições em diferentes produtos: renda fixa (CCDBs, debêntures, CRA, CRI) e de renda variável (ações, ETFs, BDRs), além de fundos.

Esse é um momento em que uma outra parcela da população, com outros interesses e possibilidades, é convidada a participar do Open Finance. Se o tom da conversa na fase 2 foi algo como “compartilhe e você pode ganhar crédito” a tendência é que a fase 4 diga algo como “compartilhe e você pode ganhar mais dinheiro”.

É esperado que um público de maior renda receba ofertas personalizadas que apresentem maior rentabilidade e se encaixem de maneira adequada com o momento de vida de cada cliente.

É importante destacar que este é um mercado que possui soluções de agregação anteriores as discussões do Open Finance do Banco Central – o que, na prática, apresenta um desafio de convivência das soluções e até o tombamento de infraestruturas como já discutimos há alguns meses nesse post.

Possibilidades

Alguns cases podem surgir a partir dessas informações (e certamente o mercado nos surpreenderá com algo novo), mas fica aqui nossa contribuição para a pensar algumas possibilidades:

  • PFM 360: Com as informações correntes da vida pessoal (conta), com as dívidas (crédito) e ativos (investimentos). De fato, colocar o cliente no controle total de sua vida financeira.
  • Atendimento comercial personalizado: Empoderar times de atendimento com informações relevantes sobre seus clientes para o desenvolvimento de soluções mais adequadas e ofertas contextualizadas. Essa é uma tendência que já acontecia com a fase 2 e tende a se aprofundar com a fase 4.
  • Portabilidade por autosserviço: Comparadores de ofertas com a comodidade de realizar o aporte via ITP, o estímulo para o resgate e a posterior portabilidade também deverá ser a tônica do mercado.
  • Portabilidade geral: Negociações diretamente com gerentes de contas para portabilidade de relacionamento entre instituições. Com informações que começam no Open Finance e terminam com uma ação que não necessariamente é suportada pela infraestrutura do open hoje, mas que trará resultados para os clientes e para as instituições.
  • Crédito: Sim, o crédito também se beneficiará. Desde limites de cartão até créditos com garantia. Estes produtos poderão ter um benefício imediato ao identificar uma informação valiosíssima sobre um cliente como seu patrimônio.

Todos os consentimentos anteriores a fase 4 já possuem um escopo definido e não contemplavam os investimentos, ou seja: a partir de agora todas as instituições deverão estimular seus clientes a compartilharem dado de investimentos.

Essa etapa representa um avanço e de fato simboliza o Open Finance brasileiro, além do Banking. Um grande passo para trazer outros públicos para o ecossistema, novas soluções e também promover a educação financeira.

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